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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

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Sempre soube que a MZ tem umas mamas muito boas. Para uma miúda de 18 anos está muito bem munida. Ela nunca as escondeu, pelo contrário, exibe uns decotes em rede que deixariam qualquer um louco.

Bom, não sendo eu um louco qualquer sempre me comportei com a olímpica indiferença felina que me caracteriza quando a peça está ao alcance.

Concentrei-me nos seus lábios carnudos, os beijos surgiram sem querer, acidentalmente em conversa, os rostos chocaram e demos um beijo inadvertido. Acho que só foi ao terceiro encontro a primeira vez que nos beijamos com souplesse, à porta da casa dela. Eu senti-me no céu. Como se estivesse a degustar um bolo de nata acabadinho de fazer.

Ao quarto encontro ela apareceu-me com um piercing com uma bola enorme precisamente no lábio inferior. Fiquei triste porque estava na altura gamadão nos beijos dela.

A nossa relação esfriou, disse-lhe que nunca mais a beijaria, talvez daí a cinco anos. Deixei de lhe ligar. Deixámos de dar o nosso passeio de quinta-feira à noite onde bebíamos uns copos, conversávamos muito e não ligávamos as pessoas que à nossa volta viam o nosso halo e timidamente nos cumprimentavam com um sorriso estranho.

No outro dia reapareceu, com um piercing mais pequeno, dizendo que equacionou tirar o piercing por minha causa. Bebeu imenso, mas eu bazei sozinho, sem me despedir dela, apesar de me ter despedido das amigas dela.

Mais um ou dois meses sem lhe falar, e a semana passada combinámos que esta semana sairíamos. Ontem combinámos para hoje.

Ela é tão meiguinha.

Eu disse-lhe que ela é uma prenda imerecida para a minha velhice. Ela riu da palavra velhice.

Hoje fiquei de a apanhar às dez da noite, e levá-la para minha casa. A táctica é comportar-me como quem não quer a coisa. A mim parece-me que ela quer dar a coisa, ahahah...

1 comentário:

jjoyce disse...

dar a coisa como quem não quer nada dar ares de dar a coisa liberalmente

Terça-feira, 27 de Novembro de 2007

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Um blog. Um blog de abertura.
Pouco há a dizer num blog. É mesmo impossível num blog contar a vida como ela é. Há muito de intervenção de um narrador e o narrador leva as palavras para onde ele quer, ou para onde ele consegue. O texto ganha autonomia e o narrador faz falhar.
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